DE UM LADO, DESPREZO; DE OUTRO, A TRAGÉDIA

Depois de um dia bonito como o de ontem, em que 20 das nossas escolas deram exemplo de engajamento e atividade...

HOJE LIGUEI para algumas escolas que estão em débito com o Projeto Escola da Paz. Faltaram reuniões, não fizeram o repasse, impediram os agentes da cidadania trabalhar,  comeram o bolo na hora da festa mas não querem ajudar a lavar a louça, colheram o que de bom o Projeto lhes deu com as palestras, mas resolveram abandonar o barco na hora do esforço que precisa de todos, juntos, remando.

RECEBI DESPREZO, percebi desdém, desinteresse, gente achando que exageramos as coisas, que nada é assim tão grave, as escolas nem vão tão mal. Pergunto: -Em que mundo você vive?! Cansei de ver essa - sempre decepcionante - reação de desprezo pelo nosso trabalho, pra depois, meses ou anos mais à frente, ver as mesmas pessoas implorando auxílio, porque suas escolas saem de controle.

 

FICO MUITO TRISTE. Sei de escolas em que os alunos lamentam não participar do Projeto, porque as palestras os motivaram, mas algumas direções das escolas, achando que tudo sabem ou podem, simplesmente desconsideram a oferta do Projeto Escola da Paz, e ignoram a voz dos alunos.

É TRISTE TAMBÉM quando professores se omitem. El algumas escolas, a diretoria está na batalha, os alunos a fim, mas professores acham que o Projeto Escola da Paz não é com eles. Não apoiam. Não participam. Não querem saber. Está errado. Por mais injustiçado que esteja o professor em termos de salário ruim e fala de consideração das famílias e governos, e disciplina dos alunos, não podem participar da injustiça maior, que é permitir o suicídio completo de toda uma geração.

LAMENTO informar, terão problemas. Não serão escolas da paz. O que não é só uma pena. É perigoso. A tragédia, quando menos se espera, nasce no quintal do omisso. E tragédia mata.

 

O vídeo abaixo, as informações abaixo (transcritas do jornal Anápolis News, mas divulgada em toda a grande imprensa), mostram bem as tragédias que lutamos pra evitar.

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Nacional - 12/09/2013 | 15h52m 

Briga por cheiro mata aluna;  Luana Vieira Gregório, 15 anos, foi atingida por facada no abdômen. Confusão ocorreu após aula em escola, na Vila Bordon, em Campo Grande.

 

A morte da estudante Luana Vieira Gregório, 15 anos, esfaqueada após uma briga, perto da escola onde estudava, na Vila Bordon, na quarta-feira (11), em Campo Grande, é investigada pela Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude (Deaij). A informação é da delegada Rozeman Rodrigues. Outra adolescente, amiga de Luana, também ficou ferida depois de uma briga generalizada no local. A Escola Estadual José Ferreira Barbosa suspendeu as aulas nesta quinta-feira (12) por conta da morte. Alunos e colegas de Luana foram até o local e se vestiram de preto como protesto à morte da estudante.

A briga filmada por alunos mostra a confusão envolvendo vários estudantes e o momento em que uma das vítimas é esfaqueada. No dia da confusão, a escola confirmou ao G1 que a suspeita da agressão é aluna do local e estudava na mesma sala que a vítima.

Luana está sendo velada em uma capela na rua 13 de maio e deve ser enterrada às 14h (de MS) no Cemitério Jardim das Palmeiras. No velório, familiares e amigos da adolescente também afirmaram que a suspeita de agressão estudava na mesma sala que a vítima e disseram ainda que a faca usada no crime teria sido levada até o colégio por outra pessoa.

Confusão
Segundo a Polícia Militar (PM), a suspeita, de 16 anos, teria começado a briga alegando que a vítima estava com um perfume que causava alergia a ela. As aulas do período matutino terminaram às 11h20 e, dez minutos depois, as adolescentes começaram a brigar na rua do colégio, conforme a PM.

Outros jovens, alguns estudantes da escola, também se envolveram na confusão, totalizando cerca de 20 pessoas. Funcionários e moradores da rua tentaram dar fim à briga, que só acabou com as garotas feridas.

O Corpo de Bombeiros foi até o local, mas a adolescente já tinha sido levada por familiares para uma Unidade de Pronto Atendimento. Em seguida, ela foi transferida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para a Santa Casa de Campo Grande.

Segundo a assessoria de imprensa do hospital, as facadas atingiram o fígado da adolescente. Ela foi encaminhada para o centro cirúrgico e morreu na tarde de quarta-feira. A outra ferida, atingida na perna, recebeu atendimento em uma Unidade de Pronto Atendimento.

 

Se tiver estômago, veja o vídeo:

 

DEPOIS DISSO, VOCÊ AINDA SE ACHA NO DIREITO DE NÃO FAZER NADA?