foto Simone Mattos - reunião final na EM Paula Buarque
O Projeto ESCOLA DA PAZ, trabalhando o conceito de CIDADANIA ESCOLAR, visa a resgatar a autoridade dos pais, o respeito à escola e o senso de protagonismo dos alunos, que passa por obediência e compromisso. Saiba como funciona no Caderno de Apresentação e Orientações, em link na coluna à direita. - - : denilsoncdearaujo@gmail.com
O PROJETO ESCOLA DA PAZ, POR MIM CRIADO, E NO QUAL ATUAVA EM REPRESENTAÇÃO DA VARA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DE PETRÓPOLIS, FOI ENCERRADO.SE VOCÊ O ESTÁ CONHECENDO NESTA VISITA, FIQUE À VONTADE E VISITE O BLOG. HÁ MUITA COISA QUE PODE SER ÚTIL A VOCÊ, À SUA FAMÍLIA E À SUA ESCOLA. FOI UMA AVENTURA MUITO LINDA. COMPROVE.ESTAMOS REPENSANDO UM OUTRO MODELO A SER IMPLANTANDO, COM PARCERIA DA OSCIP "REVIVAS".POR ORA, SE DESEJAR ACOMPANHAR AS MINHAS ATIVIDADES E PALESTRAS, VÁ AO MEU BLOG PESSOAL: http://denilsoncdearaujo.blogspot.com/Obrigado! DenIlson Cardoso de Araújo.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

NÃO SEJA CAIO

Denilson Cardoso de Araújo
 
Adolescentes desavisados foram sempre buchas de canhão. Aptos a infantarias de guerra idiota e insanas “revoluções”. Pedra na vitrine é a encomenda? Um jovem se apresenta! Alguém para destruir certa escola? Jovens a põem logo no chão. Facções recrutam o jovem perdido. Tudo questão de puxar os corretos cordéis. Preferência: estudante. Justo o que, desprezando ir à escola formar-se, posa de mestre. Leu do jornal só manchete, do livro, o resumo, e seu pensamento só alcança 140 toques. Mas é sábio de berço, o coitado. O cérebro nada reflete, não apreende e jamais aprende. Decora e repete. Disseram: bom ter opinião. Daí opina em tudo, julga a todos e sentencia o mundo, pelos cotovelos do facebook. Mal informado, deformado, sem formação. Formação - à margem de diplomas - indispensável reunião de conhecimentos que capacitem refletir, elaborar, produzir. Coisa hoje mendiga.
 
Caio de Souza, que matou o cinegrafista Santiago com o rojão, era trabalhador, amassado no trem, marmiteiro oco, trabalhou em penosa função. Porteiro de hospital público, abria a porta pra desgraça adentrar e se ir, nua de solução. O câncer sair com band aid na mão. Caio tinha indignação. Sem formação, ruim de reflexão, tinha, jovem que era, opinião. Seu pensamento, com seus erros escrito: “O processo do Brasil depende da socialização do povo optei pelo um pais melhor, as nossas consequencias de decidir a revolução do nosso povo vem dos revolucionarios, a opinião não e agradável a todos (…)!”. Vê-se que Caio não sabe escrever porque desconhece pensar. 
 
Caio não sabe resolver o mundo injusto, que dói. A facção sussurra uma chama. Revolução! Revolução, coisa que, mal compreendida, tanto quer avançar que ao atraso eterniza. Virou em Caio, chavão. Matou o cinegrafista esse menino-revólver, quando atirou o rojão da “revolução”. Quem puxou o gatilho do seu coração? O pessoal do chavão. Recrutadores de revoluções fast food, de maconheiras marchas, de revoltas rolés. Fadas. Gente com miopia existencial e cegueira filosófica. Dão curso de de-formação, onde só divulgam jargão. O militante ingênuo decora palavras de ordem, o “educador” dá por feita a missão, e logo o moleque é tropa de choque. Caio foi. De mascarados muitos, irmão. Na praça de guerra, inocente herói de si mesmo, crente do valor dessa luta. Que luta, companheiro? Pergunta ao garoto evangélico, o sangue de Santiago, que berra. Caio aceitou o reducionismo de ser “revolução” essa alegria do pano preto na cara e coquetel molotov na lanchonete. Quando o fogo se espalha, ah, que poder, ele pensa. Vamos mudar o país... Pobre Caio iludido que virou assassino por nada!
 
Você, maria vai com as outras, ingênuo bucha de canhão. Santiago morreu pela tua mão. Que não seja em vão. Jovem, não seja Caio! Inexistem atalhos. O caminho da transformação é longo. Penoso. Começa em você. Revolucione o teu coração! Rojão na tua própria arrogância! Descubra humildades, o valor de escutar para depois se expressar. E siga com a meta. Indignação. Mudar o mundo, é indispensável missão. 
 
E que adultos percebam. Se afronta lhe cabe, comandar não pode, quem ainda adolesce. Adultos, comandem! Assumam seu papel, de regular rebeldias. No lar, na escola e na praça! O contrário dá jovens desnudos de autoridade, órfãos de hierarquia, analfabetos das obediências necessárias ao ser. Quem, na omissão, deseduca, esquece que o adolescente de hoje é que vai amanhã não pagar sua aposentadoria.
 
*.*
 
originalmente publicado ontem em
denilsoncdearaujo.blogspot.com
e, hoje, na Tribuna de Petrópolis

Nenhum comentário:

Postar um comentário